terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sentença de Vida

Julgo,
por isso me entristeço,
não conheço e
não penso,
por isso julgo a mim mesmo
me aborreço,
enlouqueço e
me empobreço.
Julgo
o certo e
o errado
com argumentos de quem
se diz informado,
parto de idéias superficiais
para julgar
e me sentir como quem sabe mais.
Julgo
perfeitas as frases
que saem da minha boca
quando interajo com outros
dessa sociedade frouxa.
Hipócritas,
Necessitados,
Juizes,
Imperfeitos, pessoas...
Quando sozinho me
sinto sujo,
sem ninguém para bajular e
me ouvir criticar,
eu paro e penso
mas só consigo
questionar eu mesmo.
Dentro da minha cabeça
um turbilhão de vozes,
um juiz, um advogado, um réu, uma vítima e o jurado
logo o veredicto é anunciado. Culpado!
O juiz lê a sentença,
vou cumprir prisão perpétua
obrigado a conviver com esse sentimento,
só vou alcançar a liberdade
no dia em que abandonar minha vaidade.
Quando isso acontecer
vou passar a viver,
enriquecer
e ao invés de julgar
vou passar a conhecer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário