terça-feira, 31 de maio de 2011

Algo

Algo me mantém aqui. Por tudo que acredito, sei que absolutamente nada neste mundo é por acaso. E também sei que tudo neste vida é energia. E que energia é essa que encontrei ? Uma energia inocente, que chega aos poucos e antes que você perceba já te cativou. Talvez seja a energia da vontade de um sonho impossível ou talvez seja a energia da realidade que cada vez mais se aproxima do sonho. A energia da mudança, a energia do movimento. Talvez seja isso que me mantém aqui. Talvez.
Algo me mantém aqui. Por tudo que aprendi, sei que a gente sempre tem escolha. E também sei que são essas escolhas que nos fazem ser quem somos, são elas que decidem nosso destino. E que destino é esse a nos esperar ? Um destino grandioso, de grandes conquistas. Um futuro brilhante com alicerces não somente no conhecimento individual de cada pessoa que faz parte dele, mas também nas relações que se estabelecem entre cada um. Relações de amizades verdadeiras que serão levadas pro resto da vida, e para além dela. Com certeza.
Algo me mantém aqui. Por tudo que vivi, sei que tempestades virão. E também sei que se sobrevivermos a todas elas, como feito até agora, elas servirão apenas para nos dar ainda mais força. E que força é essa a nos impulsionar ? Uma força resultante de um misto de sentimentos:  O amor pela arte, a vontade de se doar a alguma coisa que valha a pena, um profundo desejo de mudança. Uma força que exerce um potencial multiplicador enorme e do qual colhemos frutos hoje, vendo o número de pessoas querendo se envolver e o aumento enorme da equipe. Não sei quem lembra, mas em nosso projeto original, era esse um de nossos objetivos - a multiplicação dos agentes. Felicidade pelo nosso sucesso.
Algo me mantém aqui. Não sei explicar bem o que é, talvez um pouco de cada item escrito acima; a energia, o destino, a força. Mas sei que agradeço por isso existir e por me proporcionar a oportunidade de usufruir de tanta coisa boa nestes últimos anos. De tanta arte, de tanta transformação pessoal, mas, principalmente, a oportunidade de usufruir de tantas pessoas inacreditáveis. Graças a isso, que me manteve e me mantém aqui, tive a chance de conhecer o Binho, um menino que já é adulto e que guarda uma sabedoria maior que a de alguns avôs. Tive a chance de conhecer o Hamilton, um artista genial que consegue transmitir a beleza de sua alma em tudo que faz. O Ederson, a dedicação em pessoa e talento nato para decoração. A Andreza, que consegue descomplicar tudo, sabe colocar você pra cima em um instante, e sabe usar as palavras como ninguém. Felipe, amigo que ganhei, apesar das primeiras impressões dele a meu respeito, e que terei pra sempre.  Tive a chance de conhecer também a família Veloso. O Victor, que já era um grande amigo meu, mas que estava perdido por aí e a gente acabou se encontrando de novo no PI. Murilo, deve ser a pessoa mais engraçada que eu conheço e que sei que posso contar a qualquer momento, principalmente depois de uma "elevada ingestão de álcool". Mayara, que atrás do seu jeito brincalhão esconde um talento invejável e uma força fora do comum. Bruno, o cara que mudou o Periferia pra melhor, mas que mudou muito mais a si mesmo no meio do processo e claro que também para a melhor. Amigo de longa data, chama a responsabilidade, fala sério na hora que tem que falar, mas sempre é o primeiro a fazer piada quando o momento é de descontração. Irmão de caminhada, não tenho muito o que falar. E apesar de não ter o sobrenome (ainda), tem mais alguém nessa família aí. Yara, que, conforme dizem os boatos, é a mulher mais disputada do Periferia (são apenas boatos, dreza) e que, segundo se fala, se mostrou uma ótima professora de dança, asessora de imprensa, e, mais importante, uma pessoa maravilhosa (afinal, aguentar o Bruno todo esse tempo não é tarefa fácil). Também conheci o Diogo, sempre disposto a ajudar, é dono de uma percepção refinada, pega as coisas no ar. Ao contrário do Randerson, que tá sempre viajando ninguém sabe por onde, mas que possui um talento espetacular. Também conheci a memê, que por sua vez conhece meio mundo, apesar de achar que alguns não merecem sua atenção - são idiotas (haha). Mas a Bruna, com certeza, não está entre esses, pois quando as duas começam a conversar, não há quem faça parar. Ah, tem um mlk também que manda muito no beat-box, no teatro, na batera, no vocal e nas piadas terminadas em AU  (tá, nisso ele não manda tão bem assim), Cleiton, que era firmeza mas que logo logo vai ficar puta chato, igual o Victor depois que entrou pra equipe do Bruno (rs). E pra fechar as novas aquisições do PI, temos também o Felipe, que, em uma palavra, pode-se chamar de uma pessoa irreverente. Enfim, conheci tantas pessoas e encontrei nelas tantos amigos que não poderei esquecer jamais o PI, ainda que um dia, por qualquer motivo besta ou não, eu tenha que sair.
Por enquanto, algo me mantém aqui.
E eu não sei o que é.
Mas agradeço.
Sinceramente eu agradeço,
Todos os amigos, todos os momentos, tudo.
Obrigado a todos coletivamente, e a cada um individualmente.
Amo vocês, e espero que esse algo continue me mantendo aqui por muitos e muitos anos.
Felicidade e sucesso para todos nós, sempre,
Stu.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Feira do livro na USP Leste

Essa semana está rolando a feira do livro na EACH USP, também conhecida como USP Leste. Diversas editoras com livros em até 50% de desconto, algo muito bacana para a universidade, falando como aluno, e melhor ainda para o local, falando como morador.
Muitos autores também vem até a feira para realiazar palestra e falar sobre suas obras, como por exemplo o Carpinejar. Mas eu continuo batendo na mesma tecla do Sarau da EACH, o qual eu organizei a frente do Periferia Invisível com a Atlética de GPP, o que falta para a universidade de São Paulo é a aproximação com a população, afinal ela é um equipamento público, do qual a população deveria se apropriar. Não quero desmerecer a organização do evento, diferente disso, gostaria de parabenizá-los pois estava muito bom.
Resaltando outro ponto positivo dos organizadores do evento, e para mim o mais legal dele, foi o convite feito ao Emerson Alcalde para lançar seu livro "(A) Massa" na feira, não por o Emerson ser amigo meu ou coisa do tipo, mas por ele ter dado mais vida a feira. Primeiro que cheguei ontem e hoje na faculdade as 17:00 horas e vi diversas crianças de escolas públicas locais saindo dos auditórios, quem estava palestrando para elas era o próprio Emerson, falando poesias como "Eu vi Neymar" de sua autoria. Outra atividade que o Emerson propos e a organização acatou foi a realização de um pequeno Sarau, e a galera chegou, falou poesias, muitos ouviram poesias e as palavras ganharam vida além de sua moradia, os livros.
Parábens a organização do evento, ao Emerson, e continuemos a trazer cada vez mais livros, teatro, filmes, quadros, e qualquer tipo de expressão artística para aproximar a população em geral disso.

Livros de 2011

# 1 - Ferréz - Cronista de um tempo ruim
# 2 - Alessandro Buzo (Curadoria) - Pelas periferias do Brasil Vol. IV
# 3 - Jessica Balbino - Traficando Conhecimento
# 4 - Alessandro Buzo - Favela Toma Conta
# 5 - Alessandro Buzo (Curadoria) - Pelas periferias do Brasil Vol. III
# 6 - Alessandro Buzo - Suburbano Convicto, o cotidiano do Itaim Paulista
# 7 - Alessandro Buzo - Guerreira
# 8 - Rodrigo Ciríaco - Te pego lá fora
# 9 - Akins Kinte & Elizandra Souza - Punga
#10 - Aluísio Azevedo - O Cortiço
#11 - Naum Alves - A aurora da minha vida
#12 - Molière - Os ciúmes de Barbouillé
#13 - Molière - O médico volante
#14 - Molière - As preciosas ridículas
#15 - Ariano Suassuna - O Santo e a Porca
#16 - Luis Alberto de Abreu - O anel de Magalão
#17 - Maria Clara Machado - Pluft: O fantasminha
#18 - Sandra Mayrink e Daniel Rech - Associações
#19 - Scott Fitzgerald - O curioso caso de Benjamin Button
#20 - Alessandro Buzo - Hip Hop: Dentro do Movimento
#21 - Adélia Prado - Bagagem

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Medíocre

A palavra que mais me assombra é sem dúvidas "Medíocre", não pelo medo de ser uma pessoa assim, mas de ter minha existência definida por ela.
Hoje, analisando minha rotina no estágio percebi o conformismo nas pessoas. Mas tudo começa um pouco antes disso, para ser mais exato quando acordo, é sempre com o sol no rosto, porque tenho uma mania terrível de dormir no sofá ao invés da cama, ja acordo cheio de energia comandado pelo astro rei. Penso em um novo dia, novas idéias, novas lições e por ai vai.
Uma coisa que sempre vem na minha cabeça é onde está a minha família, penso também nas pessoas que gosto e que são próximas de mim. Enquanto me troco coloco uma boa música, fico cantando até a hora de sair, a música vem então para os fone de ouvido. Na cabeça coisas sobre o Periferia Invisível, enquanto O Rappa invade minha cabeça, minha alma se enxe de estímulo para o dia.
Chego até o ponto e vejo diversas pessoas esperando o mesmo ônibus, no mesmo horário. Se pensarmos na nossa sociedade ela é totalmente baseada na confiança, obviamente que esta movida pelo capital. No caso do ônibus, por exemplo, as pessoas tem a plena confiança de que a lotação estará naquele mesmo horário passando para buscá-las, além disso a confiança de sua integridade física à um motorista que não se sabe quem é. Se pensarmos bem, muitas relações de nosso dia-a-dia são confiantes de que as outras pessoas farão a sua parte.
A maioria das pessoas que ali estão só tem um único desejo, que chegue logo sexta-feira. As ações delas são totalmente negligenciadas, a vida torna-se algo mecânico, a conversa no ônibus é sempre a mesma, sobre problemas financeiros, o jogo de ontem, o patrão ignorante ou o companheiro de trabalho incompetente.
O metrô então chega a ser algo muito pior, não há nem a conversa, as pessoas só querem garantir seu espaço e olhar muito envolta para correr quando surge um lugar vazio. O jeito é enfiar a cabeça dentro de um livro!
Chegando até o local onde estou fazendo meu estágio vejo o trabalho das pessoas, as atividades delas são as mesmas há 10 anos, estas são muito limitadas, o que afeta inclusive a sáude das pessoas. Não há desejo algum nelas de fazer algo grande, diferente, desafiador, somente há o desejo de receber seu salário garantido pela estabilidade do serviço público e economizar para quem sabe nas férias fazer uma viagem de Cruzeiro. Levar uma vida medíocre!
Faça algo diferente quando acordar, algo simples e marcante, seja grande para quem é próximo a você, ja diria Marechal "Quer ser grande? Vai ser grande para a sua comunidade". Um exemplo de atitude simples é dizer aos seus pais que os ama, mas dizer de verdade, quando sentir vontade, ligar para eles e conversar grande parte do dia, para um amigos, namorada, ou qualquer pessoa na rua, certa vez havia uma moradora de rua na República querendo contar para alguém que havia sido agredida, mas ninguém parou para conversar com ela, chegou até mim, conversamos e levei ela até a Ação Educativa no centro onde ela vendeu os chaveiros que fazia e pelo ao menos naquela noite a barriga dela foi dormir mais feliz. Para os que não estão próximo, tente algo desafiador, acredite que ter a responsabilidade de Coordenar uma Associação com 19 anos é extremamente desafiador, ainda mais quando se trata de algo tão visceral quanto a arte, ou mais que isso, quando se trata do sonho de diversas pessoas. Não é somente isso, mas acredito que é grande parte, procuro sempre me entregar 101% em tudo que faço, não acreditom em limitações, sempre é possível extrair o 1% a mais.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Projeto Marginaliaria

12/05 Quinta-feira, Projeto Marginaliaria na Ação Educativa.

rua General Jardim, n º660
Proximo aos Metros Santa Cecília e República.