Ontem, após a realização do Sarau, a galera do Periferia Invisível saiu para comemorarmos este ano de atividades e começamos a relembrar e realmente 2010 foi um ano maravilhoso para todos nós.
No início deste ano ficamos incubados, em reuniões, resolvendo diversas questões administrativas e burocráticas (CNPJ e outros) e fizemos dois Saraus. Um deles foi justamente no dia da Virada Cultural, que é uma iniciativa ótima, na minha opinião, mas que mostrou que seria melhor ainda se fosse descentralizada, visto que, tivemos público e diversas apresentações. Nessa mesma época, começamos a mostrar a cara para o mundo como projeto, sendo entrevistados pela "Revista OuNão", "A gente se vê no Teatro - Rede Globo", "Instituto Ressoar" sem esquecer dos jornais locais e outros meios de divulgação.
Mas em paralelo a realização dos eventos, começamos a ensaiar a peça "O Excluído" enquanto a oficina de música ensaiava o espetáculo "A gente pena, mas não pára". O grande desafio era manter apresentações em cartaz e ver a receptividade do público, o resultado só mostrou como o argumento de "Falta de interesse dos moradores da periferia" é inválido, pois em todas apresentações de "O Excluído" tivemos público máximo, assim como em "A gente pena, mas não pára".
A primeira nos proporcionou o primeiro prêmio pelo nosso trabalho no IV Festival da Cidadania de São Vicente, onde trouxemos para a Zona Leste o troféu de primeiro lugar no teatro. A segunda nos deu um prêmio maior ainda, o crescimento dos alunos da oficina e a qualidade do espetáculo.
Além disso fizemos parceria com diversos outros grupos, como o Teatro Silva que ficou em temporada no Espaço do Invisível, o Degusta Groove que deu show de como fazer música, a Cia Extremos Atos com o seu Boneco do Marcinho e fomentamos o nosso público, que por fim acabou não sendo só nosso, pois diversos frequentadores do Periferia Invisível passaram a ir em outras atividades culturais.
Fizemos também o espetáculo "Vila das Almas" resultado da oficina de teatro que emocionou o público na sua primeira apresentação. Além de fazer pequenas apresentações de diversas linguagens em eventos de outros coletivos.
Para fechar o ano fizemos o Sarau "O Natal de um Palhaço Órfão" que foi essencial para percebermos a riqueza das diversas linguagens exploradas pelo Periferia Invisível e pelos outros coletivos, onde vieram somar Os Mesquiteiros, Tenda Literária, Cultura na Praça, Mundo em Foco e pra fechar o Sarau o Projeto Marginaliaria.
Se fosse escrever detalhadamente tudo que ocorreu este ano, seria chato para alguém ler até o fim, por isso todas essas atividades estão da forma bem reduzida, todos os ganhos deste ano para mim se resumem em duas frases:
"Nossa eu odiava vir pra cá antes, agora não sei o que seria de mim se isso acabasse"
"Que acontece se os coordenadores do Periferia morrerem?" ai eu respondi "Acaba né..." a resposta foi a melhor "Eu nunca vou deixar o Periferia acabar!"
Todo o trabalho deste ano foi compensado com essas duas frases ditas por duas pessoas que eu admiro. E podem esperar que em 2011 tem mais, muito mais!
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